segunda-feira, 15 de março de 2010

Chefs de Cozinha e suas Receitas Especiais de Papinha - Exclusivo Baby Guide

MON PETIT CHEF
Nos primeiros meses de vida do bebê não há segredo quando o assunto é alimentação.
Desde a década de 60, numerosas pesquisas em todo o mundo confi rmam que o leite materno é o mais completo alimento. Não é pra menos: contêm na medida certa todos os nutrientes – como açúcar, gordura, sais minerais e proteínas - que os pequenos precisam para crescer e se desenvolver.
Rico em anticorpos, o leite materno protege as crianças de doenças infecciosas. Por conter a dose certa de água, o bebê também não fi ca desidratado – chuquinha com água ou chá, portanto, nesta fase não são necessários. O aleitamento também estimula a chamada auto-regulação - ao decidir quanto e quando vai mamar, o recém-nascido aprende a lidar com a saciedade e por ingerir um alimento completo as chances de sobrepeso são mínimas.
A amamentação tem ainda outras vantagens que vão além da questão nutricional: o ato é também importante para o desenvolvimento dos ossos da face, da musculatura da boca e das bochechas. “Sem esquecer, é claro, de outro fator tão signifi cante quanto os já mencionados:
ao mesmo tempo é fonte de segurança e carinho para o bebê. Nos primeiros meses de vida o
aleitamento é o maior estímulo para o desenvolvimento psicomotor. É neste momento que mãe e filho estreitam laços afetivos. Por isso, mesmo que produza pouco leite, a mulher deve amamentar com o que tem a oferecer e então complementar com o leite de vaca”, afirma o pediatra Dr. Jacy do Prado Barbosa Neto.

EXPLORANDO NOVOS SABORES
A Organização Mundial de Saúde (OMC) recomenda o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. Porém, a partir dos seis meses uma mudança marca a dieta dos pequenos: comidinhas são introduzidas no dia-a-dia. “No útero, a criança armazena no organismo uma reserva de ferro sufi ciente para os seis primeiros meses de vida. A partir daí é necessário oferecer alimentos ricos em ferro, insufi ciente no leite tanto materno como no de vaca.” explica o Dr. Jacy.
Esse processo também permitirá à criança conhecer diferentes sabores e criar bons hábitos alimentares, como o de apreciar verduras, frutas e legumes, por exemplo. A transição do alimento líquido para os sólidos e semi-sólidos é um processo que deve ser feito gradativamente após os seis meses, pois só depois disso o aparelho digestivo está pronto para recebê-los.
“Entre o 6º e o 7º mês a mãe deve substituir uma das mamadas pela papinha na hora do almoço e entre o 8º e 9º mês incluí-la também no jantar – até que a rotina alimentar consista em três mamadas e três papinhas (duas salgadas e uma doce)”, orienta o Dr. Jacy.
Fica a critério do pediatra a consistência que a papinha deve ter, assim como seu processamento fi nal - ou seja, se os alimentos serão passados em peneira amassadinhos ou em grãos. Não se assuste se, no início, o bebê estranhar a textura. Com o tempo ele se habitua naturalmente.
Entre os grupos alimentares que devem compor a receita estão os cereais, tubérculos, leguminosas, proteínas e hortaliças (verduras e legumes). E lembre-se: é imprescindível usar alimentos frescos, tomar cuidado com o excesso de sal e não utilizar temperos fortes.
Nessa fase, o bebê também começa a tomar água, água de coco e sucos naturais, sem a adição de açúcar. Invista em frutas ricas em vitamina A, B, e C, como a laranja-lima, por exemplo. Outra boa opção é preparar suco de caju, rico em ferro. “Ofereça no máximo 100ml por dia e jamais substitua os alimentos sólidos por bebidas.
E, para matar a sede, dê a água e não o suco”, orienta o Dr. Jacy. Aprender a saborear papinhas, sopas e frutas é uma delícia. Porém, nem sempre essa adaptação é fácil. Algumas crianças demoram um pouquinho mais para aceitar a novidade.
Para ajudar mãe e filho nessa transição, reunimos receitas de chefs estrelados da gastronomia nacional. As idéias têm tudo para tornar a hora da refeição um momento prazeroso e cheio de descobertas para os pequenos gourmets.
Bom apetite!

FIQUE DE OLHO!
• Em relação às frutas, procure evitar as que fermentam – como a uva, por exemplo – e as
que sejam muito poluídas como o morango e o kiwi. Aposte na laranja-lima, pois além de
ser mais doce, não precisa ser diluída e, portanto, preserva maior quantidade de vitamina
• Seja como for, a principal preocupação é que elas sejam frescas, in natura. Dê preferência
para as da estação.
• Sempre que puder, varie os ingredientes e faça combinações diferentes. Assim, aos poucos,
seu fi lho vai se acostumando com diversos sabores. Porém, quando introduzir alimentos
novos, que seja um a um. Caso haja algum problema de alergia ou intolerância, fi ca mais
fácil identifi car qual provocou o problema.
• O sal é importante fonte de sódio. Porém, use-o com moderação para não acostumar a
criança com comida muito salgada. Cebola e alho também podem ser utilizados com cautela,
pois bebês são sensíveis a sabores fortes.
• Lembre-se: após cada refeição escove os dentes do bebê, mesmo que ainda estejam começando a dar os primeiros sinais.
• Equilibre os nutrientes. Para isso, a regra mais simples é lançar mão de alimentos
de grupos diferentes – proteínas, carboidratos, vegetais e etc. Aproveitar os prazeres da boa e saudável gastronomia é uma lição que começa em casa e desde cedo.


Clique na imagem e veja as receitinhas sugeridas pelos chefs: Fred Frank, Aninha Gonzalez e Neka Menna Barreto.

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