terça-feira, 14 de julho de 2009

Primeiros Sabores


Depois de nove meses ligados por um cordão, mãe e filho não poderiam se separar brutalmente. E é justamente por isso que a amamentação é tão importante na vida de mães e bebês. É ali que se fortalece o vínculo afetivo e é ali também que são passados todos os nutrientes e substâncias imunológicas necessários para que o recém-nascido tenha um começo de vida saudável.

Se para o bebê é vital, lhe garantindo proteção contra infecções, alergias e outras doenças, para a mãe não é diferente. O aleitamento materno diminui a incidência de anemia, câncer de mama e ovário, osteoporose, além de reduzir o sangramento pós parto e ajudar a mamãe a recuperar seu peso normal.

O leite materno é poderoso, tem força de alimento e medicamento. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que todas as mães alimentem seus filhos exclusivamente com leite materno até o sexto mês de vida, sem que seja preciso qualquer tipo de complementação alimentar, sólida ou líquida. Depois dos seis meses, a dieta pode ser complementada com alimentos saudáveis como frutas, verduras, legumes, fibras e carnes. Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com a nova dieta, a amamentação deve prosseguir até que o bebê complete 2 anos ou mais.

Assim como na gestação, durante o aleitamento as mães precisam continuar atentas à sua alimentação. “O gasto energético da mãe neste período é grande. Por isso, é importante consumir alimentos nutritivos, beber bastante água e fazer de cinco a seis refeições por dia para garantir
a produção de leite para alimentar o bebê”, explica Jota Rodrigues, cardiologista e nutrólogo. Neste período, é recomendado ainda que a mãe tenha um reforço alimentar, com um aumento de 500 calorias a mais diariamente.

Após seis meses, na hora de introduzir novos alimentos ao bebê, também é preciso cautela. “Comece com um alimento de cada vez para ver se o bebê tem alguma reação alérgica”, ensina a nutricionista Tatiana Leão. Teste primeiro as frutas, por três, quatro dias cada uma. Depois passe para os legumes, verduras e carnes. “É um momento delicado onde tudo tem que ser
observado para que se perceba se a criança não tem intolerância a algum tipo de alimento”, diz. E não estamos aqui falando de preferências pessoais. É claro que com um paladar restrito ao leite materno, todo e qualquer sabor será estranho ao bebê.

“É comum as mães falarem: ‘Meu filho não gosta de tal fruta’. Mas isso é um erro. A criança precisa de um tempo para codificar cada sabor”, diz a nutricionista. E precisa também desenvolver seu paladar. Por isso, a cada dia, apresente ao seu filho novos sabores, aromas e texturas.

Matéria publicada no Baby Guide # 1.

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